'Rei Ghob' é preso exemplar

Trabalha na lavandaria da cadeia, sem faltas disciplinares.

20 de setembro de 2017 às 01:30
Francisco Leitão, conhecido por ‘Rei Ghob’, saiu na segunda-feira do tribunal de Loures condenado a 17 anos Foto: António Pedro Santos / Lusa
Rei Ghob Foto: Diogo Pinto
Rui Teixeira, rei Ghob, Francisco Leitão, abusos, crime, homicídio, Loures, Tânia Ramos, Ivo Delgado, Joana Correia Foto: Mariline Alves
Francisco Leitão voltou a ser julgado Foto: Vítor Mota

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Francisco Leitão foi condenado, em 2012, a 25 anos de prisão por ter assassinado Tânia Ramos, Ivo Delgado e Joana Correia, na Lourinhã. E na passada segunda-feira voltou a ser condenado por ter violado oito jovens – alguns foram sedados com comprimidos -, a 17 anos de prisão.

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Na cadeia de Vale de Judeus, onde cumpre a pena máxima por triplo homicídio, Leitão, que ficou conhecido por ‘Rei Ghob’, é um preso exemplar. Trabalha na lavandaria da prisão e não teve até agora qualquer sanção disciplinar por mau comportamento.

‘Ghob’ remeteu-se ao silêncio neste último processo de abusos sexuais, desde o início até ao fim, mas no relatório da Direção Geral de Serviços Prisionais Francisco Leitão fez questão de referir que é inocente e que as relações sexuais que manteve com os jovens foram consentidas. Recorde-se que na segunda-feira Leitão viu um coletivo de juízes do tribunal de Loures dar como provados os crimes sexuais praticados contra oito jovens. Um deles foi abusado 368 vezes num só ano.

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Francisco Leitão só deverá sair da cadeia daqui a 13 anos e oito meses, mas não quer voltar à Lourinhã – está preso desde 2010. Pretende mudar de país, ir para a Suíça onde vive um irmão.

A juíza-presidente do tribunal de Loures condenou os crimes do ‘Rei Ghob’: "Destruiu a vida dos jovens. Jamais conseguirão confiar em mais alguém depois do que viveram".

No caso dos homicídios na Lourinhã, os corpos de Tânia Ramos, Ivo Delgado e Joana Correia nunca foram encontrados.

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