GNR só soube da fuga de recluso pela CMTV
Responsável do Comando-Geral da Guarda, em Lisboa, ligou para a cadeia dizendo ter visto notícia da fuga de preso de hospital.
Ao princípio da madrugada de ontem, o telefone tocou na portaria da cadeia de Custoias, em Matosinhos. Um responsável do Comando-Geral da GNR, em Lisboa, dizia ter visto na CMTV que um recluso daquela cadeia tinha fugido do Hospital Pedro Hispano, onde estava internado após beber lixívia. O guarda que o atendeu pediu-lhe que enviasse um email que, ao que o CM apurou, desencadeou o alerta na GNR.
Contactados pelo CM, os Serviços Prisionais não desmentem este cenário. Ao invés, referem que "só foi emitido um fax da cadeia de Custoias para o oficial de serviço da PSP, Comando-Geral da GNR, posto do SEF de Caia, piquete da PJ do Porto e gabinete Sirene pelas 08h12 de hoje [ontem]", sete horas após o telefonema ter sido recebido em Custoias.
Mais: fonte dos Serviços Prisionais disse ao CM que a evasão de Joaquim Guimarães, o recluso de 35 anos a cumprir dois anos e meio de prisão por tráfico de droga em Custoias, só foi comunicada ao Ministério Público e ao Tribunal de Execução de Penas do Porto, com divulgação da foto do detido, "pelas 17h17 de quarta-feira".
Sabe o CM que o guarda prisional que vigiava Joaquim Guimarães no hospital dera o alerta da fuga pelas 14h30. À hora de fecho desta edição, Joaquim Guimarães mantinha-se a monte, já procurado pelas polícias.
Os Serviços Prisionais abriram um inquérito interno "para apurar as circunstâncias da evasão, e a oportunidade das comunicações feitas à luz das novas orientações", emanadas após a fuga de três reclusos de Caxias, em fevereiro.
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