Medo após agressões violentas na discoteca
Mães de dois jovens espancados na Douro Fénix relatam que as vítimas têm vivido aterrorizadas.
Os seguranças viraram-se a ele, deram-lhe murros e pontapés. No dia a seguir, a justificação que me deram foi que o meu filho tinha estado no sítio errado à hora errada." Foi esta a resposta que Mariana Caldeira recebeu de uma das responsáveis da discoteca Douro Fénix, em Cinfães, quando foi tentar perceber por que razão o seu filho, de 29 anos, tinha sido brutalmente espancado pelos seguranças daquele espaço noturno, na madrugada de 3 de julho de 2016.
"Fiquei chocada com o que aconteceu porque essas pessoas deviam manter a segurança na discoteca, não bater nos clientes. A pancada foi tanta que, dois dias depois, os lençóis da cama do meu filho continuavam cheios de sangue", continuou Mariana Caldeira.
No mesmo grupo de jovens estava um adolescente de 17 anos que foi agredido várias vezes na cabeça. "O meu filho vive cheio de medo desde essa noite. Nunca mais voltou àquela discoteca", contou ao CM a mãe do jovem, que não quis ser identificada.
Além das agressões de julho do ano passado, há ainda registo de uma outra noite violenta, já em fevereiro deste ano. Em ambas as datas foram apresentadas várias queixas na GNR contra os seguranças do espaço.
O caso já chegou a tribunal. O Ministério Público está agora a investigar as denúncias. Na pacata vila de Cinfães, poucos falam sobre o assunto por medo de represálias dos seguranças da empresa Integral - que, contactada pelo CM, não quis prestar esclarecimentos.
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