Reclusa mais velha do país culpa filho por burla

Idosa de 90 anos vendeu imóvel que não lhe pertencia.

05 de dezembro de 2017 às 08:15
Campus de Justiça, em Lisboa Foto: Pedro Catarino
Rosa Vegele Foto: CMTV
Rosa Vegele é a única arguida do processo em prisão preventiva, por perigo de fuga e de continuação da atividade criminosa, na cadeia de Tires, em Cascais Foto: Duarte Roriz

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Rosa Vegele, idosa de 90 anos, a mulher mais velha presa em Portugal, atirou esta segunda-feira as culpas para o filho, no processo em que está a ser julgada por burla na venda de um imóvel que não lhe pertencia. Diz que foi ele, e outros dois cúmplices, que lhe pediram para ir ao notário tratar dos papéis que levaram à acusação.

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"Foram eles todos que pediram", garantiu, empurrando as responsabilidades para José Eduardo (filho) e para a sobrinha Adriana. Após insistência, explicou que o "todos" passava também pelo motorista, Fernando Marcelino. Mas a falta de clareza nas explicações de Rosa Vegele, brasileira que está presa em Tires desde novembro de 2016, levaram a que a primeira sessão fosse suspensa. Mais nenhum arguido ou testemunha foi ouvido.

Rosa explicou que a burla, com a qual a rede conseguiu vender um imóvel em Lisboa que não lhes pertencia por 300 mil euros, começou numa vinda a Portugal em abril de 2016. Foi-lhe pedido, pelos cúmplices, que tratasse de uma hipoteca de um imóvel que não soube explicar de onde tinha aparecido. E adiantou que foi a sobrinha quem ficou com o dinheiro recebido.

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Dos sete arguidos, que estão acusados de burla qualificada, associação criminosa e branqueamento, só Rosa está em prisão preventiva – uma medida que o seu advogado considera desnecessária. O filho e outro arguido cumprem penas por outros crimes ocorridos na altura em que estavam evadidos dos estabelecimentos prisionais.

O julgamento continua na próxima segunda-feira.

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