Draga vira na barra e atira quatro ao mar

Trabalhadores que estavam a regressar a terra viram acidente e salvaram os colegas.

17 de janeiro de 2018 às 01:30
draga, mar, barra, algarve, trabalhadores, Armona, olhão Foto: Luís Forra / Lusa
draga, mar, barra, algarve, trabalhadores, Armona, olhão Foto: André Cravinho
draga, mar, barra, algarve, trabalhadores, Armona, olhão Foto: André Cravinho
draga, mar, barra, algarve, trabalhadores, Armona, olhão Foto: Luís Forra / Lusa

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Quatro homens, com idades entre os 45 e os 50 anos, ficaram esta terça-feira em estado de hipotermia depois de a embarcação que tripulavam - uma draga que está a fazer trabalhos de requalificação da Polis - se ter virado em frente à barra do Lavajo, perto da ilha da Armona, em Olhão. Apesar de três das vítimas terem sido hospitalizadas - a outra recusou o transporte - nenhuma corre risco de vida.

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O acidente aconteceu pelas 08h00. Tinha acabado de se realizar a mudança de turno na draga ‘Brasinhi’ de mais de 80 metros, a funcionar 24 horas por dia. Quando o grupo que saía estava já a regressar a terra num táxi marítimo, um dos funcionários reparou que a draga da empresa Sofareias tinha acabado de se virar. Foram eles quem resgataram os colegas, que já estavam no mar.

"Felizmente repararam que a embarcação tinha virado senão poderia ter havido um desfecho trágico", disse Nunes Ferreira, capitão do Porto de Olhão, que coordenou depois as operações de delimitação do barco e de contenção do combustível. Os homens apresentavam sinais de hipotermia e um queixava-se de fortes dores nas costas, mas sem gravidade.

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A draga tem estado a retirar areia daquela zona para depois encher a praia do Barril, em Tavira. Os trabalhos fazem parte da requalificação que está a ser feita pela Sociedade Polis.

Derrame apenas "residual" de combustível  

A draga transportava cerca de 12 mil litros de combustível mas o derrame detetado foi apenas "residual", disse Nunes Ferreira. "Vão agora ser feitos trabalhos para retirar o combustível do interior da embarcação para evitar derrames. O que acabou por sair evaporou logo", acrescentou o responsável. Ainda assim, e por precaução, foi instalada uma barreira na água à volta do barco, que filtra eventuais focos de poluição.

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"Ondulação era quase inexistente"

"Sabemos que não foi a ondulação, que era quase inexistente", diz Nunes Ferreira sobre as causas da viragem. Poderá ter sido pela distribuição do peso da carga ou um encalhe, mas só a investigação ao acidente dará uma certeza.

SAIBA MAIS

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dias é o limite dado para que o proprietário da embarcação a retire do local. Tem 48 horas para apresentar um plano de remoção ao capitão do porto.

Trânsito alternativo

A capitania de Olhão pede às embarcações que evitem a barra do Lavajo e que façam o trânsito pela barra Faro/Olhão, a poucos quilómetros do local.

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Trânsito alternativo

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