Defesa de Rangel pede mais acesso a processo antes de decidir se fala

Advogado garante que juiz está "tranquilo". Fátima Galante também não depôs.

08 de fevereiro de 2018 às 15:58
Rui Rangel e o advogado João Nabais Foto: Mariline Alves
Avogado João Nabais Foto: Mariline Alves

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O advogado de Rui Rangel, João Nabais, garantiu ao CM que está à espera de ter acesso a mais elementos da acusação para decidir se o seu cliente irá ou não prestar declarações. 

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"Nós suscitámos um conjunto de questões procedimentais que têm a haver com acesso a documentação e prazos. Para nós é determinante saber se podemos ter acesso aos indicios e aos elementos de prova para depois decidirmos que posição adotar", explicou à saída do Supremo Tribunal de Justiça para a pausa de almoço. 

Semelhante posição tomou a juíza desembargadora Fátima Galante, que também não prestou declarações esta quinta-feira.

O advogado de Rangel adiantou que o juiz ainda não começou a ser interrogado pelo juiz conselheiro Pires da Graça e pelo procurador Paulo Sousa, tendo estado, na manhã de quinta-feira, a consultar "o acervo indiciário".

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João Nabais sublinhou que "os indícios estão suportados em elementos de prova que são vastíssimos", por isso a defesa do juiz desembargador quer ter "o máximo acesso a esses elementos".

Nabais garantiu ainda que Rui Rangel está tranquilo e com um "estado de espiríto positivo", apesar de tudo o que se está a passar.

Rui Rangel e Fátima Galante estão indiciados por corrupção e recebimento indevido de vantagens, branqueamento, tráfico de influência e fraude fiscal.

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Além de Rui Rangel e de Fátima Galante, a 'Operação Lex' tem pelo menos outros dez arguidos, entre os quais o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, o vice-presidente do clube Fernando Tavares e o ex-presidente da Federação Portuguesa de Futebol João Rodrigues.

Cinco dos arguidos que se encontravam detidos já foram ouvidos no Supremo Tribunal de Justiça, tendo saído todos em liberdade, e um deles pagou uma caução de 25.000 euros.

Na operação, desencadeada a 30 de janeiro, foram realizadas 33 buscas, das quais 20 domiciliárias, nomeadamente ao Sport Lisboa e Benfica, às casas de Luís Filipe Vieira e dos dois juízes e a três escritórios de advogados.

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