94 corporações ameaçam ficar fora de dispositivo
Bombeiros esperam até quarta-feira por respostas do Governo.
Quarenta e sete corporações de bombeiros do distrito do Porto, 24 de Aveiro e 23 da Guarda mostram-se indisponíveis para integrar o Dispositivo Especial de Combate a Incêndio Florestais este ano, caso não sejam satisfeitas as reivindicações feitas ao Governo.
Em causa estão as medidas do Relatório da Comissão Técnica Independente da Assembleia da República, que as corporações dizem estar a ser implementadas à revelia e sem qualquer espécie de contacto com os bombeiros.
A Liga dos Bombeiros deu ao Governo até quarta-feira, último dia de fevereiro, para clarificar o papel das corporações na política nacional de Proteção Civil.
"De uma forma notória e evidente, o Governo apresenta hostilidade e repulsa em relação aos bombeiros portugueses, procurando minimizá-los, reduzindo-lhes meios, fundos e equipamentos e dando-lhes o papel de ‘carne para canhão’ num dispositivo no qual são tratados como mão de obra escrava e desprovida de direitos e regalias", lê-se no comunicado da Federação dos Bombeiros de Aveiro.
Criticam ainda as despesas dos fogos de 2017, que estão por pagar.
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