Dispara a matar por levar calduço

Jovem confundiu arguido com um amigo. Escapou ileso aos tiros.

30 de março de 2018 às 01:30
Discoteca Studio 23 Foto: Direitos Reservados
Pistola Foto: Getty Images

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José Gomes, 34 anos, estava na discoteca Studio 23, na Baixa do Porto, quando um jovem o confundiu com um amigo e lhe deu um calduço na cabeça, como cumprimento. Apesar de vários pedidos de desculpa, José assumiu um comportamento provocatório e decidiu vingar-se. Já depois de uma rixa à porta daquele espaço, foi a casa buscar uma pistola 6.35 mm e disparou, de dentro de um carro, por cinco vezes. Foi agora condenado a cinco anos de prisão, pena suspensa.

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Tudo ocorreu na noite de 31 de julho de 2016. Apesar das repetidas desculpas, o arguido não 'perdoou' o engano e ambos os intervenientes foram colocados fora do bar, onde se iniciou nova rixa. José acabou por cair após uma bofetada e só voltou já num Audi A4. "Eu mato-te, eu mato-te", disse, ao disparar na direção da vítima - que conseguiu fugir, não sendo atingida.

O atirador, que chegou a estar em preventiva, foi condenado, no tribunal de S. João Novo, por tentativa de homicídio simples e posse de arma proibida. Tem ainda de pagar 500 euros e fica proibido de conduzir durante seis meses, por ter circulado em contramão, junto à discoteca.

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A pena foi suspensa, mas José Gomes enfrenta uma série de obrigações: tem de arranjar trabalho, não pode consumir produtos estupefacientes e tem de ter acompanhamento especializado com vista a combater a sua impulsividade e gerir as reações de frustração que enfrente no dia a dia. Em tribunal, José Gomes assumiu os factos mas explicou que não agiu com intenção de matar.

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