Gang encapuzado espanca feirantes
Discussão durante a tarde motiva agressões violentas à noite, na Maia.
"Pedi de joelhos que parassem de lhes bater porque não tínhamos feito nada." Esmeralda Tavares, feirante de 48 anos, ainda não recuperou após ter visto o marido, de 51 anos, o filho, de 21, e três amigos da família serem espancados por cerca de 20 homens, na terça-feira à noite, em Gueifães, Maia. As cinco vítimas foram transportadas para o Hospital de S. João, Porto. O caso está a ser investigado pela Judiciária.
"Eram 22h40 quando um grupo de encapuzados chegou aqui de mota, com botas daquelas de polícia e com soqueiras, cassetetes e gás pimenta. Desataram a bater no meu filho e deixaram o meu marido quase inconsciente. Chegámos a ouvir tiros, mas não acertaram em ninguém", contou a mulher ao CM.
Na origem das agressões violentas esteve um episódio ocorrido horas antes, durante a tarde, enquanto as vítimas desmontavam a barraca de farturas, naquele local, depois da presença nas festas da Senhora da Saúde, em Gueifães, nas quais participam há mais de 20 anos.
"Estávamos a retirar as coisas quando o carro [do pai de um dos agressores] veio em contramão e enrolou-se nos cabos que estavam no chão. O homem reclamou e disse que ia chamar o filho que era polícia", contou. Uma hora depois, o referido filho foi ao local pedir justificações e, perante militares da GNR, entretanto alertados, ameaçou a família, contaram testemunhas ao CM.
Esse mesmo homem esteve depois presente no ataque, à noite. "O meu marido tirou-lhe o gorro e reconheceu-o", disse Esmeralda Tavares.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt