Dupla condenada a 20 e 24 anos de prisão por morte de taxista
Atraíram vítima para um serviço e asfixiaram-na até à morte, no Entroncamento.
A dupla que assassinou a sangue frio - por asfixia e à facada - um taxista do Entroncamento, chamado ao engano para um serviço, e sequestrou três mulheres em Torres Novas, em maio do ano passado, foi esta segunda-feira condenada a penas de 24 e 20 anos de prisão.
Américo Lopes apanhou a pena mais pesada, 24 anos em cúmulo jurídico, por um total de nove crimes: homicídio qualificado consumado, profanação de cadáver, sequestro, extorsão e roubo qualificado.
Os juízes foram mais brandos com Luís Peixoto, aplicando-lhe 20 anos de prisão por sete crimes da mesma natureza, por considerar que este homem, que nem tinha antecedentes criminais, agiu por influência e a mando de Américo Lopes. Foram ainda condenados a pagar uma indemnização cível de 95 mil euros à viúva e ao filho do taxista António Pedro.
Na leitura do acórdão, o coletivo do Tribunal de Santarém mostrou-se "repugnado" com a "especial perversidade" que os arguidos mostraram em relação ao homem que mataram e às três mulheres que sequestraram. "O senhor não pode estar em liberdade porque só não pratica crimes quando está preso", disse a juíza presidente do coletivo, Raquel Rolo, a Américo Lopes, recordando os seus longos anos de cárcere e o facto destes crimes terem sido cometidos poucos dias após sair em liberdade, durante uma precária.
Os dois homens, de 56 e 57 anos, vão permanecer encarcerados no Estabelecimento Prisional de Leiria, onde partilham a mesma cela.
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