Matou professor para lhe ficar com o carro

João Marcelino tinha 56 anos e foi morto com 28 facadas, a maioria na zona do pescoço.

10 de maio de 2018 às 01:30
Joaquim Guedes condenado Foto: Pedro Noel da Luz
Lagoa, crime, homicídio, amante, carro, assassinato, corpo, facadas, professor, Joaquim Guedes, João Marcelino, gay, homossexualidade, relação Foto: CMTV
Joaquim Guedes, Torrinha, Diretoria do Sul da PJ, professor de História, João Marcelino, Lagoa Foto: Pedro Noel da Luz
Ministério Público, Joaquim Guedes, Portimão, Judiciária, professor, Termo de Identidade e Residência, Lagoa, João Marcelino, crime, lei e justiça, crime, homicídio, questões sociais, tribunal Foto: Nuno Alfarrobinha

1/4

Partilhar

Joaquim Guedes, de 31 anos, vai começar a ser julgado no Tribunal de Portimão pelo homicídio qualificado do professor João Marcelino, de 56 anos, com 28 facadas. O arguido está ainda acusado de um crime de furto qualificado e de um de falsificação de documento.

Pub

No primeiro interrogatório judicial, o arguido disse que o crime resultou da reação a uma tentativa de abuso sexual por parte do professor - que era homossexual.

No entanto, a acusação do Ministério Público, a que o CM teve acesso, aponta como móbil o roubo do carro de João Marcelino - um Audi A3 que Joaquim Guedes, após o homicídio, passou para seu nome, falsificando a assinatura do professor e os documentos necessários.

Pub

O crime foi cometido, de acordo com a acusação, pelas 21h00 do dia 28 de fevereiro de 2017, no sítio do Lobito, Lagoa, a cerca de 250 metros da casa do arguido. Este, armado com uma navalha, encontrou-se com o professor e esfaqueou-o, em particular na zona do pescoço.

O homicida tapou depois o corpo com uma manta e arrastou-o cerca de 50 metros até um terreno. Aí, foi buscar uma pá e cobriu-o de terra. O cadáver só viria a ser encontrado mais de uma semana depois, a 9 de março.

PORMENORES

Pub

Arma não encontrada

A arma do crime nunca chegou a ser encontrada. O arguido disse à Polícia Judiciária que a tinha deitado numa ilha ecológica logo após o homicídio.

Prisão preventiva

Pub

O arguido, que depois do primeiro interrogatório judicial ficou em liberdade, está agora em prisão preventiva, pois o Ministério Público interpôs recurso da medida de coação inicial.

Roubou carro

O arguido ficou com o Audi A3 do professor e, dia 2 de março de 2017, simulou ter adquirido a viatura, que valia 12 749 euros.

Pub

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

Partilhar