Matou professor para lhe ficar com o carro
João Marcelino tinha 56 anos e foi morto com 28 facadas, a maioria na zona do pescoço.
Joaquim Guedes, de 31 anos, vai começar a ser julgado no Tribunal de Portimão pelo homicídio qualificado do professor João Marcelino, de 56 anos, com 28 facadas. O arguido está ainda acusado de um crime de furto qualificado e de um de falsificação de documento.
No primeiro interrogatório judicial, o arguido disse que o crime resultou da reação a uma tentativa de abuso sexual por parte do professor - que era homossexual.
No entanto, a acusação do Ministério Público, a que o CM teve acesso, aponta como móbil o roubo do carro de João Marcelino - um Audi A3 que Joaquim Guedes, após o homicídio, passou para seu nome, falsificando a assinatura do professor e os documentos necessários.
O crime foi cometido, de acordo com a acusação, pelas 21h00 do dia 28 de fevereiro de 2017, no sítio do Lobito, Lagoa, a cerca de 250 metros da casa do arguido. Este, armado com uma navalha, encontrou-se com o professor e esfaqueou-o, em particular na zona do pescoço.
O homicida tapou depois o corpo com uma manta e arrastou-o cerca de 50 metros até um terreno. Aí, foi buscar uma pá e cobriu-o de terra. O cadáver só viria a ser encontrado mais de uma semana depois, a 9 de março.
PORMENORES
Arma não encontrada
A arma do crime nunca chegou a ser encontrada. O arguido disse à Polícia Judiciária que a tinha deitado numa ilha ecológica logo após o homicídio.
Prisão preventiva
O arguido, que depois do primeiro interrogatório judicial ficou em liberdade, está agora em prisão preventiva, pois o Ministério Público interpôs recurso da medida de coação inicial.
Roubou carro
O arguido ficou com o Audi A3 do professor e, dia 2 de março de 2017, simulou ter adquirido a viatura, que valia 12 749 euros.
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