Família sobrevive após cerco de fogo em Monchique
Moradores fazem contas aos prejuízos em casas, carros e equipamentos agrícolas.
Bisavó, avó, avô, mãe e filho. Sobreviveram todos ao cerco de fogo que atingiu a casa onde vivem, na zona da Picota, em Monchique. O pesadelo da família Patrício só por milagre não se tornou numa tragédia. Dezenas de pessoas da serra algarvia começam agora a fazer contas aos prejuízos.
A família esteve cercada pelas chamas e viveu momentos de pânico. "A minha sogra, de 93 anos, e o meu neto, de 11 anos, ficaram dentro de casa enquanto eu, a minha mulher e a minha filha regávamos tudo para salvar os animais e a casa", recordou ao CM Fernando Patrício, que lembra que estiveram "dentro do fogo".
A habitação e os porcos salvaram-se mas cinco viaturas todo-o-terreno e dois quadriciclos foram queimados pelas chamas, assim como galinhas e sobreiros.
A poucos metros mais abaixo na encosta, José Custódio foi retirado de casa pela GNR. Quando voltou tudo estava destruído e só os gatos tinham sobrevivido. "Ardeu a casa, motores, máquinas e até as cinco toneladas de batatas que tinha armazenadas, não dá para aproveitar nada", lamentou ao CM
O mesmo cenário encontrou Manuel Silva, quando regressou a casa na zona do Poio do Linho. "Fiquei com o coração partido porque a casa tinha ardido e estava tudo destruído", lamentou ao CM
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A unidade teve de ser evacuada antes de o fogo chegar, quando tinha mais de 300 hóspedes nas suas instalações, que não foram afetadas pelo incêndio.
Gatos fugiram mas voltaram após fogo
SAIBA MAIS
27 635
hectares foram destruídos pelo incêndio. Em Monchique arderam 16 700 hectares, em Silves 10 mil e em Portimão o restante.
Linhas de apoio
A Segurança Social criou linhas telefónicas para apoiar as populações afetadas. Em Monchique, o número é o 300 518 518, em Portimão o 300 515 290 e em Silves o 300 516 050.
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