Família sobrevive após cerco de fogo em Monchique

Moradores fazem contas aos prejuízos em casas, carros e equipamentos agrícolas.

15 de agosto de 2018 às 10:17
José Custódio, agricultor Foto: Nuno Alfarrobinha
José Custódio, agricultor Foto: Nuno Alfarrobinha
José Custódio, agricultor Foto: Nuno Alfarrobinha
Manuel Silva, pedreiro Foto: Nuno Alfarrobinha
Manuel Silva, pedreiro Foto: Nuno Alfarrobinha

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Bisavó, avó, avô, mãe e filho. Sobreviveram todos ao cerco de fogo que atingiu a casa onde vivem, na zona da Picota, em Monchique. O pesadelo da família Patrício só por milagre não se tornou numa tragédia. Dezenas de pessoas da serra algarvia começam agora a fazer contas aos prejuízos.

A família esteve cercada pelas chamas e viveu momentos de pânico. "A minha sogra, de 93 anos, e o meu neto, de 11 anos, ficaram dentro de casa enquanto eu, a minha mulher e a minha filha regávamos tudo para salvar os animais e a casa", recordou ao CM Fernando Patrício, que lembra que estiveram "dentro do fogo".

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A habitação e os porcos salvaram-se mas cinco viaturas todo-o-terreno e dois quadriciclos foram queimados pelas chamas, assim como galinhas e sobreiros.

A poucos metros mais abaixo na encosta, José Custódio foi retirado de casa pela GNR. Quando voltou tudo estava destruído e só os gatos tinham sobrevivido. "Ardeu a casa, motores, máquinas e até as cinco toneladas de batatas que tinha armazenadas, não dá para aproveitar nada", lamentou ao CM

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O mesmo cenário encontrou Manuel Silva, quando regressou a casa na zona do Poio do Linho. "Fiquei com o coração partido porque a casa tinha ardido e estava tudo destruído", lamentou ao CM

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A unidade teve de ser evacuada antes de o fogo chegar, quando tinha mais de 300 hóspedes nas suas instalações, que não foram afetadas pelo incêndio.

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SAIBA MAIS 

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hectares foram destruídos pelo incêndio. Em Monchique arderam 16 700 hectares, em Silves 10 mil e em Portimão o restante.

Linhas de apoio

A Segurança Social criou linhas telefónicas para apoiar as populações afetadas. Em Monchique, o número é o 300 518 518, em Portimão o 300 515 290 e em Silves o 300 516 050.

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