Donas de café perseguem ladrões de tabaco vestidas de pijama em Aveiro
Mãe acordou filha e ambas entregaram os suspeitos à PSP. Estabelecimento já tinha sido assaltado oito vezes.
"Tinha fechado o café há meia hora e já estava deitada. Levantei-me, acordei a minha filha e saímos como estávamos [de pijama]. Eles fugiram de mota, fomos atrás deles, abalroámos a mota, entalámos os ladrões contra a parede e esperámos que a polícia chegasse". O relato é de Arminda Gomes, dona do café Olímpico, em S. Bernardo, Aveiro, que foi assaltado pela oitava vez este domingo de madrugada.
A PSP identificou os assaltantes e iniciou um inquérito para averiguar as circunstâncias do ataque.
Quando o alarme foi acionado no café Olímpico, localizado no cruzamento da rua da Cega com a viela da Cabreira, a proprietária recebeu o alerta pelo telemóvel.
A mulher decidiu agir pelos próprios meios, até à chegada dos agentes.
"Estou farta. Trabalho 20 horas por dia e tinha que parar com este abuso. Desta vez tinha que ser, tive que explodir. Estes dois homens já nos roubaram outras vezes e voltam, no dia seguinte, como clientes", desabafou Arminda Gomes.
Os ladrões não tiveram tempo de levar o tabaco da máquina. Ao que tudo indica, fugiram quando o alarme do café tocou.
Deixaram ficar, junto à máquina, um martelo e uma barra de ferro - que tinham utilizado no assalto.
"Lamento. Eu sou uma pessoa pacífica, mas isto tinha que acabar. Quando eles estavam no chão, queixaram-se de que tinham pernas e braços partidos, mas quando foram levados para a esquadra, deixaram de se queixar", disse a proprietária do estabelecimento.
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