Beja contesta projeto de milhões no Montijo
Autarcas e empresários de Beja recusam rótulo de “elefante branco” do aeroporto da região.
Autarcas e empresários do Baixo Alentejo contestaram o investimento de "milhões de euros" para criar no Montijo um aeroporto complementar ao de Lisboa e reclamam Beja como solução.
O valor do investimento previsto no Montijo "É completamente despropositado e descabido", defendeu o presidente da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo, Jorge Rosa.
Também o presidente da Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral, Filipe Pombeiro, questiona a solução Montijo. "Portugal terá disponibilidade para fazer um investimento de largos milhares de euros num outro mega-aeroporto?", questionou.
A solução apontada pelo Governo visa a ampliação do aeroporto da Portela e a readaptação da Base Aérea do Montijo, num investimento de mil milhões de euros a ser suportado pela ANA, e que deverá ficar concluído em 2022. Face ao investimento que será realizado pela entidade que administra os aeroportos, o prazo de concessão de Lisboa será alargado.
Para os autarcas e empresários alentejanos aproveitar o aeroporto de Beja, no qual foi feito um investimento de 33 milhões de euros, seria a solução mais vantajosa.
O aeroporto de Beja, que resulta do aproveitamento civil da Base Aérea nº 11, e que custou 33 milhões de euros, começou a operar no dia 13 de abril de 2011. Desde então, apesar de aberto, tem estado praticamente vazio e sem voos de passageiros, na maioria dos dias – no verão o tráfego de passageiros aumentou graças aos voos charter –, servindo para estacionamento e manutenção de aviões.
Em julho, recebeu um Airbus 380, o maior avião comercial do Mundo, por ser o único aeroporto nacional para receber este "gigante dos céus".
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