Dezenas de ambulâncias retidas nos hospitais de Setúbal

Setúbal, Barreiro e Almada são os casos mais complicados, com os bombeiros a esperarem várias horas.

04 de janeiro de 2019 às 09:36
Hospital São Bernardo, Setúbal Foto: Pedro Catarino
hospital de S. Bernardo, Setúbal Foto: Jorge Paula
Hospital de São Bernardo, Setúbal Foto: Pedro Catarino

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A sobrelotação do serviço de Urgência do Hospital de S. Bernardo, em Setúbal, agravou-se nos últimos dias. Esta quinta-feira à tarde chegaram a estar, ao mesmo tempo, 10 ambulâncias de bombeiros do distrito e INEM paradas à porta do serviço.

"O socorro está assegurado, pode é não ser com a rapidez necessária por estarmos presos numa localidade mais afastada da nossa zona. Na quarta-feira tivemos duas ambulâncias retidas no Garcia de Orta, em Almada, e outra no Hospital do Barreiro por horas, porque Setúbal já não estava a receber. Em Almada ficámos cinco horas retidos", explicou ao CM fonte dos Bombeiros de Águas de Moura. "Na quarta-feira chamei os bombeiros para levarem a minha mãe ao hospital em Setúbal e não havia ambulâncias. Quinta-feira teve de vir uma ambulância do Pinhal Novo e estamos há quase seis horas à espera", contou Clarisse Casa Nova.

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Nos hospitais do Barreiro e Garcia de Orta as Urgências têm estado igualmente lotadas. Nenhuma das unidades admitiu ao CM ter pedido ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes o encaminhamento de doentes para o hospital mais próximo, dizendo apenas que os serviços estão "congestionados" mas a Ordem dos Enfermeiros tem outro entendimento. "Nunca podem assumir que não recebem doentes mas avisar que está congestionado e pedir que não enviem é exatamente a mesma coisa", explicou Sérgio Branco, presidente da secção regional Sul da OE.

Já no Hospital Amadora-Sintra, também houve ambulâncias várias horas retidas, devido à falta de macas. Ao CM, fonte do hospital disse que foram pedidas macas ao INEM.

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