Atraso da obra na linha ferroviária do Douro preocupa passageiros
Circulação continua encerrada entre Caíde e Marco de Canaveses
A intervenção na Linha do Douro, entre Caíde (Lousada) e Marco de Canaveses, iniciou a 26 de novembro e estava previsto que as obras durassem apenas um trimestre. O prazo não foi cumprido e a linha ficará encerrada, naquele troço, até ao final deste mês. "O que nos preocupa é que o prazo ainda seja dilatado e aí o prejuízo será bastante grande", diz José Manuel Gonçalves, presidente da Câmara do Peso da Régua.
"O que nós esperamos é que, pelo menos no início do próximo mês, tenhamos o restabelecimento das ligações e de todos os horários que, entretanto, foram suprimidos", acrescenta o autarca. José Manuel Gonçalves revelou ainda que estará presente numa reunião, na sexta- -feira, em Marco de Canaveses, da qual espera "boas notícias".
"Acho que devia ter sido mais rápido porque nos estão a prejudicar muito na área dos transportes. Os comboios são muito menos e as pessoas também fogem deste meio por causa dos aborrecimentos porque têm de mudar do comboio para um autocarro que faz o resto da viagem - e para evitar esses constrangimentos, usam mais os autocarros", diz José Resende, de 75 anos, habitante na Régua.
A Infraestruturas de Portugal explicou que as condições geotécnicas existentes, nomeadamente no interior do túnel de Caíde, prejudicaram o "ritmo de execução dos trabalhos inicialmente previsto", o que "apenas foi suscetível de identificar com o desenvolvimento da obra".
A empreitada em curso, no valor de 10 milhões de euros, está a dotar aquele troço de 14,4 quilómetros da Linha do Douro de condições de circulação para comboios com tração elétrica, nomeadamente os suburbanos do Porto, que assim passarão a ter condições de seguir até ao Marco de Canaveses.
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