Homem ameaça matar mulher a tiro por ciúmes do vizinho
Suspeito de violência doméstica insulta mulher que estava proibido de contactar, em Coimbra.
Dominado pelos ciúmes, um homem de 62 anos, reformado, convenceu-se de que a companheira tinha um caso amoroso com um vizinho e terá ameaçado matá-la a tiro. Já depois de ter sido detido, violou a medida de coação de proibição de contactar a vítima e foi insultá-la à porta de casa, na zona de Coimbra.
Acusado de violência doméstica e detenção de arma proibida, o suspeito está a ser julgado no Tribunal de Coimbra.
Os maus-tratos terão começado em agosto de 2018, altura em que o homem passou a ter, segundo a acusação, comportamentos "violentos, possessivos e humilhantes" para com a companheira, com a qual residia desde 2013, em Miranda do Corvo.
A situação prolongou-se até outubro, com uma frequência diária, refere a acusação. Quando a mulher saía de casa, o arguido ligava-lhe várias vezes para saber onde estava. Se a vítima se atrasava, procurava-a junto de amigos, alegando que "ela mantinha uma relação amorosa com o vizinho".
É ainda acusado de ler, diariamente, as mensagens e de ver as chamadas que a vítima recebia no seu telemóvel. No despacho de acusação são ainda descritas situações em que o suspeito retirava o dinheiro da carteira da companheira, assim como as chaves do carro para a impedir de sair de casa.
Quando a vítima disse que ia alertar a GNR, ele ameaçou matá-la. As autoridades apreenderam-lhe uma pistola semiautomática transformada calibre 6.35, carregada e 20 munições do mesmo calibre. Tinha ainda uma faca de abertura automática.
PORMENORES
Sem licença
O arguido não tinha licença de uso e porte de arma que lhe permitisse ter em casa as armas que foram apreendidas pela GNR na sequência do processo de violência doméstica.
Quarto remexido
Após dois meses de maus-tratos, a mulher passou a ocupar um dos quartos da casa que fechava quando saía. O suspeito é acusado de arrombar a porta e remexer em todos os objetos da então companheira.
Reação violenta
No dia em que a vítima lhe pediu para sair de casa, a reação do homem terá sido violenta: "Dou-te um murro na cabeça! Dou-te um tiro na cabeça! És uma oportunista, uma vigarista."
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