Manuel Cabeças foi atacado com uma catana por um cabo da GNR na reforma
CM teve acesso exclusivo à acusação que conta que o militar foi ao encontro do vizinho e o atacou.
Manuel Cabeças foi atacado em agosto de 2015 por um cabo da GNR na reforma, na aldeia de Santa Catarina de Sítimos, onde ambos viviam, em Alcácer do Sal.
O Investigação CM teve acesso exclusivo à acusação que conta que o militar foi ao encontro do vizinho e atacou-o com uma catana de 60 centímetros de lâmina. A intenção, garante o Ministério Público, era de acabar com a vida da vítima com quem tinha desentendimentos há vários anos.
Um profundo golpe no crânio, outro nas costas, no pé e na omoplata. Estas são algumas das cicatrizes que ficaram dos mais de dez golpes de catana que Manuel Cabeças levou há quatro anos.
A 28 de agosto de 2015, naquele local, não havia qualquer iluminação. O único poste de eletricidade estava desligado e tudo pareceu conjugar-se para que um ataque sem precedentes acontecesse.
Depois, o cabo da GNR fugiu do local do crime, foi até casa, teve tempo de tomar banho, trocar de roupa, desfazer-se da catana, ir ao café para no fim entregar-se no posto da GNR de Alcácer do Sal, onde alegou legítima defesa.
A história não convenceu os inspetores da PJ de Setúbal, nem o Ministério Público e nem o juiz. Foi indiciado pelos crimes de homicídio qualificado, na forma tentada, e ameaça agravada.
O agressor reformado chegou a estar em prisão preventiva mas agora aguarda o julgamento em liberdade.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt