Homem mata vizinho da amiga com tiros de carabina
Michel Smaers, de 73 anos, responde pelo homicídio qualificado de João Faustino, de 84.
Um cidadão belga de 73 anos vai começar a ser julgado, no Tribunal de Portimão, pelo homicídio qualificado de João Faustino, de 84 anos.
O crime ocorreu no sítio do Foral, na freguesia de Algoz e Tunes, Silves, na noite de 18 para 19 de dezembro de 2016.
De acordo com o Ministério Público (MP), o alegado homicida, Michel Smaers, frequentava "há pelo menos cinco anos" a casa de uma vizinha da vítima, com a qual a mulher mantinha, desde há muito tempo, um "conflito prolongado".
João Faustino vivia na ‘Casa João’, propriedade cujo vértice tocava na ‘Quinta da Larga Vista’, pertencente à mulher em causa, a qual chegou a ser constituída arguida pelo homicídio mas acabou por não ser pronunciada pelo crime.
Segundo o MP, o arguido, cerca da meia- -noite, "pegou na sua carabina .22" e foi até à casa da vítima. Aí, para atrair Faustino ao exterior, disparou "contra o candeeiro de iluminação".
A vítima saiu de casa, "em pijama", com uma espingarda caçadeira nas mãos e efetuou, por sua vez, vários disparos para o ar para afastar o intruso. Foi então que o arguido disparou sobre ele.
Faustino foi atingido com "pelo menos nove tiros" no tronco, cabeça, tórax e abdómen, que lhe causaram a morte.
PORMENORES
Roupas foram queimadas
Após o crime, o alegado homicida, que está preso, queimou as roupas que vestia na salamandra da casa da amiga, que se encontrava acesa. Pouco tempo depois, refere o MP, "nessa madrugada", "munido de luvas", o arguido "foi à casa da vítima e desarrumou-a". O objetivo seria o de simular um roubo.
Arma lançada ao mar
Dias depois do crime, o arguido foi até Sagres com a amiga e, do cimo de uma falésia, lançou ao mar a arma do crime, desmontada. Partes da arma foram, mais tarde, encontradas em local indicado pela amiga.
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