Suspeitos de burla milionária em liberdade com cauções de cinco mil euros
Arguidos foram libertados por um juiz de instrução criminal de Viana do Castelo.
Foram libertados pelo juiz de instrução criminal de Viana do Castelo os quatro burlões, detidos pela Polícia Judiciária de Braga, suspeitos de enganarem cerca de 80 pessoas, num esquema que poderá ascender a 16 milhões de euros, já que cada vítima entregava, em média, 200 mil euros em notas aos arguidos.
Ainda assim, vão aguardar julgamento em liberdade depois de pagarem uma caução de cinco mil euros cada um. Estão também proibidos de contactar entre si.
António Lima, presidente da Associação Empresarial de Ponte de Lima, é o alegado cabecilha do esquema que envolve ainda Ricardo Pimenta, presidente da Junta de Freguesia de Ribeira, em Ponte de Lima, e outros dois comparsas.
Angariavam clientes com documentos falsos, usando a identificação do Deutsche Bank, e prometiam lucros avultados, aplicando os valores entregues em produtos financeiros de alto risco. No entanto, apoderavam-se da totalidade do dinheiro das vítimas, que entregavam aos burlões todas as poupanças.
Nas buscas aos arguidos, os inspetores da PJ de Braga apreenderam seis carros topo de gama e dinheiro.
PORMENORES
Vítimas idosas
Os burlões abordavam sobretudo reformados, ex-emigrantes e agricultores, convencendo-os a aplicar as poupanças num banco para o qual não trabalhavam. Depois, desapareciam com o dinheiro.Documentos apanhados
Nas buscas domiciliárias realizadas aos quatro arguidos - entre os quais um promotor bancário e dois desempregados - a PJ apreendeu diversos documentos com o nome de vítimas e com logótipo do banco que usavam ilegalmente para credibilizar o esquema.
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