“Deixou-o na rua como a um animal”
Ministério Público pediu prisão entre 18 e 21 anos para homicida no Porto.
"O arguido cometeu um crime de especial censurabilidade ao tirar a vida a um jovem de 20 anos. Além disso, deixou-o ficar na rua como a um animal."
Este foi um dos argumentos apresentados pelo Ministério Público para justificar o pedido de pena de prisão entre 18 e 21 anos a aplicar a André Vieira, de 30 anos, acusado de matar o ex-namorado, Miguel Ribeiro, a 18 de julho do ano passado, com várias facadas, após uma discussão.
Na sessão desta quinta-feira, no Tribunal de S. João Novo, no Porto, o procurador realçou a violência e frieza com que o arguido "foi picando a vítima, com várias facadas nas costas, enquanto esta fugia".
Os advogados dos pais de Miguel partilharam do enquadramento da pena e reforçaram o pedido de indemnização, de 183 mil euros.
Já a defesa do arguido reclamou a sua absolvição. "A investigação foi caótica. Não há conexão de factos e existem discrepâncias das testemunhas.
A Polícia Judiciária não seguiu outra linha de investigação e há indícios de a faca do crime ter sido perdida. Não há provas suficientes para condenar", referiu o advogado João Magalhães.
No final, o arguido falou e recordou momentos da noite do crime, na qual admitiu estar sob o efeito de drogas.
"Lembro-me que tivemos uma discussão acesa e, durante as agressões, levei pontapés no chão e fugi por instinto. Até achei que era o que tinha ficado pior. Na Judiciária, adormeci e quando acordei pensei que foi tudo um pesadelo. Era incapaz de matar alguém de quem gostava", alegou.
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