Patroa simula morte para evitar homicídio por parte de funcionário
Usou manípulo de máquina de café e saco para asfixiar a vítima, que ficou cega e quase surda. Caso ocorreu em Vila Nova de Famalicão.
Completamente obcecado pela dona do café onde trabalhava, em Pedome, Vila Nova de Famalicão, Horácio Fernandes, de 43 anos, não aceitava a rejeição aos seus pedidos de relação amorosa. A 3 de julho do ano passado, agrediu a mulher de forma extremamente violenta, antes de a tentar assassinar por asfixia. A vítima teve de fingir a própria morte para lograr evitar o homicídio. Perdeu totalmente a visão e parcialmente a audição.
Horácio vai ser julgado por homicídio na forma tentada e a recente acusação do Ministério Público tem pormenores assustadores. O arguido perseguia a mulher, de 38 anos, dizia aos amigos que era a sua namorada, vigiava os seus passos e com quem falava, até na internet.
A 3 de julho, deixou o pai da ofendida sair do bar, entrou, "nervoso, sempre a bufar e a beber cervejas", e esperou até ficar a sós com a vítima. Primeiro, deu-lhe com uma garrafa no ouvido esquerdo, depois um murro num olho do mesmo lado. A seguir, muniu-se do manípulo da máquina de café e continuou as agressões, até se colocar em cima da patroa. "Não andas comigo, não andas com mais ninguém", disse-lhe.
Tentou asfixiá-la de várias formas - com um saco, uma corda e até um pau, até a mulher fingir que perdeu os sentidos. Convencido de que tinha cometido homicídio, levou 200 euros e o telemóvel da vítima e mais 80 euros da registadora - o arguido, agora em domiciliária, também responde por roubo.
Agressor trancou o bar e ainda fingiu ser a mulher via SMS
PORMENORES
Internado e detido
Vítima gritou por socorro
Lesões gravíssimas
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt