Milhares saem à rua e exigem justiça pela morte de estudante em Bragança
Três mil manifestantes cortaram a Avenida da Liberdade, em Lisboa, com palavras de revolta.
"Quem acredita no mito do Portugal não racista?". A questão acusatória, num cartaz negro a letras brancas, encabeçava este sábado os mais de três mil manifestantes que, por momentos, saíram de controlo, invadiram e cortaram a avenida da Liberdade, em Lisboa, para existir "justiça" para Luís Giovani, o estudante cabo-verdiano de 21 anos que foi agredido a 21 de dezembro em Bragança e morreu 10 dias depois num hospital.
Manifestantes saíram ainda à rua em Bragança, Porto, Coimbra e outras cidades.
Em Lisboa, ainda estiveram 21 minutos em silêncio. Seguravam velas e flores brancas. "Estou aqui para que mais jovens não tenham de morrer como ele", disse Ivanilde Gomes. Depois marcharam com palavras de ordem e revolta do Terreiro do Paço até ao Marquês, obrigando a controlo da PSP.
Luís Giovani Rodrigues foi agredido à saída de um bar de Bragança, cidade onde a marcha partiu do Instituto Politécnico, onde o jovem estudava, e passou pelo local da agressão.
Na Sé, velas escreviam a palavra Paz. O bispo de Bragança-Miranda, D. José Cordeiro, celebrou missa. O secretário de Estado do Ensino Superior, João Sobrinho Teixeira, participou nesta iniciativa.
A PJ investiga e já identificou 20 pessoas que estiveram na rixa.
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