Polícias de Cascais forçados a abdicar de folga para tapar faltas

O Comando da PSP de Cascais suspendeu as folgas de todos os agentes para garantir “serviços de policiamento privado” devido à Corrida de Natal organizada pela autarquia no dia 8 de dezembro.

A convocatória, feita por escrito, está a causar mal-estar uma vez que até os polícias que não fazem serviços remunerados (para lá do horário normal de serviço e pagos à parte) foram incluídos e não poderão reaver essa folga perdida.

Segundo a denúncia da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), “esta situação é transversal a todo o País e assume como normalidade o corte das folgas aos polícias”.

“Isto resulta da falta de efetivo, da cultura interna instituída e do modelo de organização. Os comandantes assumem as folgas como uma dádiva, não como um direito dos polícias”, acusa o presidente da ASPP, Paulo Santos.

Os agentes afetados não podem recusar a imposição sob pena de processo disciplinar uma vez que a PSP invoca a disponibilidade permanente e o interesse público, “que é definido pelo diretor nacional”. A PSP garante que cumpre o previsto nas normas sobre esta matéria.