Estilo de voo contribuiu para morte de piloto em Vila Nova de Foz Côa
Relatório aponta falhas que levaram à queda de avião que combatia um incêndio florestal.
André Serra, 38 anos, pilotava uma aeronave ‘Fire Boss’ e preparava-se para realizar a última descarga, durante o combate ao incêndio florestal de Urros, em Torre de Moncorvo, a 15 de julho de 2022.
Nesse dia, o piloto, com mais de 4 mil horas de voo, “estava designado como piloto de reserva tendo sido nomeado para voar em substituição de um colega que seria o líder da parelha no voo do acidente”. Acabou por perder o controlo da aeronave, após carga de água em modo manual, e despenhou-se e morreu numa vinha da Quinta do Crasto, em Castelo Melhor, Vila Nova de Foz Côa.
A conclusão é do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários que investigou o acidente. André carregou com água no Douro e na subida a aeronave iniciou “um movimento abrupto, tendo o piloto perdido o controlo da mesma que colidiu num socalco e imobilizou-se a 45 metros, onde se incendiou após a explosão dos tanques de combustível”, resume a investigação. “A prática continuada de voo lento, o método de carga de água realizado por referências visuais subjetivas sem indicação precisa da quantidade de água carregada e a condição de vento predominante” são alguns dos fatores que contribuíram para o acidente mortal.
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