Acabou o dinheiro para procurar Maddie

Há uma década que o desaparecimento de Maddie McCann de um apartamento na Praia da Luz, em Lagos, intriga milhões de pessoas em todo o Mundo. Mas todo o mistério que envolve este caso pode nunca vir a ter um desfecho.

Tudo porque a Scotland Yard só tem dinheiro para continuar a investigação até ao final de setembro. Já pediu mais verbas ao governo britânico, mas não é certo um novo financiamento para aquela que foi apelidada de operação Grange.

Até agora, a polícia inglesa gastou 12 milhões de euros desde 2011. Já este ano, e sem dinheiro, foram dados aos investigadores 100 mil euros adicionais, dinheiro que agora se está a esgotar.

No início deste ano, os inspetores da Scotland Yard anunciaram que tinham em mãos uma pista importante que poderia ajudar a desvendar o mistério que dura desde maio de 2007. Contudo, estes novos indícios podem agora estar em risco, caso não seja atribuído mais dinheiro à força especial da Scotland Yard que, desde há seis anos, tenta encontrar os suspeitos pelo desaparecimento de Maddie.

"Vamos pedir mais dinheiro porque precisamos de finalizar o trabalho que já começámos. É algo mais complicado do que pensávamos, mas vale a pena tentarmos. Talvez consigamos uma resposta", disse uma fonte policial daquela força à imprensa britânica.

Ainda em 2007 foi criado o Fundo Madeleine, que só à base de donativos chegou a angariar 2,2 milhões de euros destinados a ajudar na investigação. Não resta nada.

PORMENORES 

Operação pedida

A operação Grange foi criada a pedido de Kate e Gerry, pais de Maddie. Foi criada em maio de 2011 após aprovação do então primeiro-ministro David Cameron. Chegou a ter 30 inspetores.

Quinze meses

A Polícia Judiciária de Faro encerrou a investigação 15 meses após o desaparecimento de Maddie McCann do empreendimento Ocean Club. Pais de Maddie chegaram a ser suspeitos.

Sem pedido

O Ministério do Interior disse ainda não ter recebido nenhum pedido de mais dinheiro da Scotland Yard. Diz que se tal vier a acontecer, o pedido "vai ser analisado de forma cautelosa".