Tragédia em França: investigação em 3 países

Ricardo Pinheiro, o motorista de 19 anos que conduzia a carrinha onde morreram 12 portugueses, e o tio Arménio Pinto, proprietário do veículo, foram ontem interrogados por um juiz no Tribunal de Grande Instância de Moulins. Segundo o CM apurou, o Ministério Público francês deverá requerer a prisão preventiva dos dois homens. A detenção é justificada pelas autoridades locais com o facto de poderem vir a ser indiciados por 12 homicídios involuntários.

Tio e sobrinho estão a ser representados por um advogado francês e outro português. Trata-se de Álvaro Dias, natural do mesmo concelho, Aguiar da Beira. Segundo fonte próxima do advogado, "para ele é um imperativo de consciência a defesa destes concidadãos profundamente consternados, face aos trágicos acontecimentos da semana passada, que vitimaram familiares e amigos dos seus constituintes".

Álvaro Dias, sabe o CM, foi contactado por pessoas próximas de algumas das vítimas (com laços de parentesco com o condutor e proprietário do veículo sinistrado) e recusou cobrar honorários.

Investigações serão feitas também em Portugal e Suíça

As investigações do processo judicial que envolve o proprietário e o condutor da carrinha, cujo acidente em França provocou 12 mortos, todos portugueses, vão ser estendidas a Portugal e à Suíça, disse hoje à agência Lusa fonte oficial.

Contactado telefonicamente pela Lusa a partir de Lisboa, Pierre Gagnoud, procurador de Moulins, localidade próxima do local do acidente, disse que, para que o processo judicial possa avançar, terão de ser feitas investigações nos países de partida e de destino da viatura.

Salientando que não pode adiantar mais informações, o procurador francês confirmou a detenção preventiva do condutor, de 19 anos, e do tio, proprietário da carrinha de seis lugares que se despistou numa estrada em França, provocando a morte dos 12 passageiros, todos de nacionalidade portuguesa.