Admite ter discutido mas nega homicídio

Dois sem abrigo respondem pela morte de outro, num terreno onde dormiam em carros, em Loulé.

12 de abril de 2018 às 08:59
Arguidos à chegada ao Tribunal de Faro Foto: Nuno Alfarrobinha
Arguidos à chegada ao Tribunal de Faro Foto: Nuno Alfarrobinha
Arguidos à chegada ao Tribunal de Faro Foto: Nuno Alfarrobinha
Arguidos à chegada ao Tribunal de Faro Foto: Nuno Alfarrobinha

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"Chegou ao local onde dormíamos já alcoolizado. Começou a chamar-me nomes e andámos à porrada", contou esta quarta-feira, no Tribunal de Faro, o moldavo Mindicanu Andrei, um dos dois arguidos suspeitos de matarem, entre a noite de 5 e a madrugada de 6 de abril de 2017, o ucraniano Ivan Zaritskyy, num terreno onde todos dormiam, em dois automóveis, perto do Estádio Municipal de Loulé.

Mindicanu negou, no entanto, na primeira sessão de julgamento, que a vítima tivesse morrido às suas mãos: "Parámos de lutar e levei-o ao carro dele. Depois ainda me pediu um cigarro. De manhã é que reparei que ele estava mal, porque não tinha reação, e chamei logo o INEM."

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No banco dos réus está igualmente o também ucraniano Yuriy Rebets, que também dormia num automóvel no local, mas que garante estar inocente da coautoria do homicídio de que é acusado.

"Estive a beber e fui dormir para debaixo de uma alfarrobeira. Acordei com a discussão, mandei-os calar e voltei a dormir. Nada tive a ver com aquilo", garantiu em tribunal. Uma versão que foi confirmada por Mindicanu Andrei.

O resultado da autópsia revelou que Ivan foi agredido e morreu estrangulado.

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PORMENORES

Sangue na roupa

A juíza principal perguntou a Mindicanu como é que este ficou com o sangue da vítima na roupa e nos ténis, mas este não soube responder.

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Lesões na cabeça

Yuriy tinha feridas na cabeça, que garantiu que eram de bater com a cabeça nos ramos da alfarrobeira, e um corte no dedo, que diz ter sido feito dias antes, com uma faca, enquanto comia.

Venderam automóvel

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Após o crime, os arguidos venderam o automóvel da vítima a uma sucata e disseram que tiveram o aval da mulher de Ivan.

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