Afogamentos disparam nos últimos oito anos
Estatística aponta 122 mortos em 2017. Subida é de 84,7% face aos 68 óbitos de 2009.
O número de afogamentos em Portugal (praias de mar e fluviais, piscinas públicas e privadas, poços e outros cursos de água) disparou nos últimos oito anos.
Segundo o relatório da Federação Portuguesa de Nadadores-Salvadores (FEPONS), que criou um Observatório do Afogamento, 122 pessoas morreram no ano passado, uma subida de 84,7% face aos 68 óbitos de 2009.
Ainda esta terça-feira, um homem de 38 anos morreu ao fazer bodyboard na praia da Nazaré, e um turista alemão foi salvo, em pré-afogamento, na praia da Fuzeta, Algarve.
A Autoridade Marítima Nacional (AMN) desconfia da credibilidade destes números. "Só podemos atestar um óbito por afogamento após autópsia. Em 2017, registámos 20 mortes na área vigiada, durante a época balnear", explicou o comandante Pereira da Fonseca, porta-voz da AMN.
Segundo Alexandre Tadeia, presidente da FEPONS, "só foi possível comparar os anos de 2009 e 2017, porque não há estatísticas oficiais dos anos intermédios". "Junho e agosto de 2017 foram os meses com mais afogamentos.
As pessoas tomam banho em zonas não indicadas, e é aí que ocorrem mais mortes".
Homem morre a praticar bodyboard na praia da Nazaré
Ainda foi socorrido pelos amigos, um deles enfermeiro que lhe prestou os primeiros socorros. Outros praticantes de desportos aquáticos foram em auxílio e trouxeram a vítima para terra. Apesar das manobras, o homem morreu no local.
51 mortes entre junho e setembro
Dos 122 óbitos registados no ano passado, 51 ocorreram entre os meses de junho e setembro.
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