Agressor julgado após exigir sexo
Queixou-se à GNR que a mulher não lhe “dava o pito”.
Foi à GNR dizer que "um homem tem de ter pito de manhã e à noite e a mulher tem de dar" e, por isso, queria apresentar queixa contra a companheira, de 37 anos, por esta recusar ter sexo. Na altura, foi detido e agora vai ser julgado por crimes de violência doméstica, resistência e coação, no caso sobre a GNR, e injúria agravada. A vítima, que já reatou a relação com o arguido, desistiu da queixa de violação.
O caso ocorreu em Canelas, Gaia, a 29 de dezembro de 2013. De acordo com a acusação do Ministério Público (MP), o arguido, de 53 anos, ficou furioso por a mulher negar ter relações. Foi à GNR pedir que a tirassem de casa e a metessem numa instituição. Antes, tirou-lhe o telemóvel, levou as chaves e deixou-a fechada em casa durante meia hora.
Os militares acompanharam o queixoso à habitação, onde este insultou a companheira e, depois, os guardas: "Vocês vêm aqui armados em burros e não me resolvem o problema?" Foi detido e, ao ser algemado, tentou esmurrar um GNR. Dez dias antes, a mulher tinha ido ao hospital por ter sido agredida e forçada a fazer sexo. No entanto, desistiu desta queixa. Também o MP deixou cair o crime de violação, remetendo as ofensas sexuais – já previstas no crime de violência doméstica – para a intimidade do casal.
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