Alemães querem apoiar refugiados
Cooperantes podem ensinar línguas ou providenciar habitação.
Aos 80 anos, Raban von Mentzingen, alemão, pretende organizar a comunidade germânica para ajudar os refugiados a receber em Portugal. Nos últimos 17 anos em Aljezur, Raban e a mulher, Nelly, tiveram a ideia em julho, "numa altura em que ainda não se estava a fazer nada pelos refugiados."
Antigo diplomata, Raban começou a ver o que se passava e ficou "impressionado", diz ao CM. "Somos privilegiados, vivemos bem, temos a vida assegurada, temos de ajudar", defende.
Iniciou então uma associação e conta já com a adesão de cerca de 50 alemães, de Aljezur, Monchique, Odemira e Lagos. Cada cooperante, ao inscrever-se, diz qual a capacidade de ajuda. "Uns têm dinheiro, outros equipamentos, habitação, sabem línguas ou têm capacidade de ensino e tempo…", explica.
Agora estão a organizar-se de forma a terem uma situação jurídica definida, como associação sociocultural bilingue (alemão e português).
Além dos alemães, Raban pretende chegar aos ingleses e holandeses. E a iniciativa "também está aberta aos portugueses", sublinha.
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