Falta de provas deixa Bruno de Carvalho e Mustafá em liberdade
Juiz diz que MP não apresentou provas suficientes dos crimes. Ex-presidente do Sporting paga 70 mil euros de caução.
Bruno de Carvalho e Mustafá vão ficar em liberdade. O ex-presidente do Sporting e o cabecilha da Juve Leo foram interrogados nos últimos dias no Tribunal do Barreiro após terem sido detidos no passado domingo, mas o juiz Carlos Delca optou pela medida de caução menos gravosa.
Pela hora de almoço desta quinta-feira, Mustafá (Nuno Mendes) saiu do tribunal a pé e foi ovacionado pelos apoiantes que tinha no local. Já Bruno de Carvalho, abandonou as instalações num carro da GNR, longe dos olhares de quem ali estava.
O antigo presidente do Sporting vai ser sujeito a apresentações diárias às autoridades e fica obrigado a uma caução de 70 mil euros, que terá de ser prestada nos próximos dias.
Num comunicado divulgado aos jornalistas, o juiz Carlos Delca diz que o Ministério Público não apresentou provas suficientes dos crimes que são apontados aos dois arguidos, com exceção da droga que terá sido apreendida a Mustafá nas buscas à Juve Leo. Mas nem isso o convenceu a decretar-lhe a prisão preventiva. O juiz considera que apenas em relação "ao crime de tráfico de estupefacientes imputado ao arguido Nuno Mendes se verificam fortes os indícios resultantes dos elementos de prova constantes nos autos".
Os dois suspeitos são considerados pelo Ministério Público como mentores do ataque à Academia do Sporting, em Alcochete, mas não se juntam na cadeia aos outros 38 suspeitos do crime.
O antigo presidente do Sporting está indiciado por um total de 56 crimes.
Mustafá está indiciado por um total de 57 crimes.
Apesar de, no comunicado divulgado aos jornalista, serem referidos riscos como o perigo de fuga, perturbação do inquérito, continuação da atividade económica, ameaça à ordem pública, o juiz optou por mandar os arguidos em liberdade.
Bruno acena à janela
Após saber que ia ser libertado. Bruno de Carvalho foi à janela do tribunal onde acenou aos apoiantes que estavam na rua. Sorridente, o ex-presidente do Sporting fez sinais com os polegares em riste.
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