Suspeito de terrorismo interrogado em Lisboa fica em prisão preventiva
Abdessalam Tazi, de 63 anos, recrutava 'jihadistas' para o Daesh em Portugal.
Um arguido marroquino, detido na Alemanha e entregue às autoridades portuguesas,foi interrogado esta quinta-feira pelo juiz Carlos Alexandre por suspeitas de adesão e apoio à organização terrorista internacional Daesh e recrutamento e financiamento ao terrorismo. O homem ficou em prisão preventiva, apurou o CM.
"O Ministério Público apresentou ao juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal o cidadão de nacionalidade marroquina hoje entregue às autoridades portuguesas. Realizado o interrogatório, o juiz decidiu, em consonância com o promovido pelo Ministério Público, aplicar ao arguido a medida de coação de prisão preventiva", refere, em nota à comunicação social, a Procuradoria-Geral da República.
Segundo a Polícia Judiciária, o cidadão marroquino tem 63 anos, residiu na zona de Aveiro e foi detido na Alemanha no âmbito de um Mandado de Detenção Europeu (MDE) emitido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal.
Fonte policial afirma que o detido se chama Abdessalam Tazi. O suspeito encontrava-se preso na Alemanha por crimes de naturaza económica, desde o início do verão.
A Procuradoria-Geral da República adianta que o DCIAP está a investigar a "prática de crimes de adesão e apoio a organização terrorista internacional (Daesh-ISIS) e recrutamento e financiamento ao terrorismo".
A PJ, através da Unidade Nacional Contra Terrorismo, desenvolveu uma investigação, desde 2015, na qual colheu indícios que ligam dois homens, de nacionalidade estrangeira, ao terrorismo internacional, um dos quais foi agora detido e vai ser hoje interrogado por um juiz para aplicação das medidas de coação.
O outro homem, que também residia na zona de Aveiro, foi detido em novembro em França por suspeitas de terrorismo, juntamente com outros seis, e tinha autorização de residência em Portugal desde 2014.
O homem de 63 anos foi sujeito a interrogatório judicial no Tribunal Central de Investigação e Ação Penal (TCIC).
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