Aluno que agrediu colega no Barreiro suspenso preventivamente até 10 dias
Direção da Escola de Santo António garante que só tomou conhecimento da agressão terça-feira à noite e informou GNR na manhã do dia seguinte.
O aluno de 13 anos que agrediu terça-feira a soco um colega da mesma idade junto ao portão da Escola Básica e Secundaria de Santo António, no concelho do Barreiro, está suspenso preventivamente e foi aberto procedimento disciplinar, revelou ao CM a direção do agrupamento, que garante só ter tomado conhecimento do caso já de noite e informado a GNR na manhã do dia seguinte.
“A agressão ocorreu pelas 18h05, mas não tomámos conhecimento nessa altura. Só mais tarde, já de noite, recebemos o vídeo da agressão. Informámos a Escola Segura da GNR logo na quarta-feira de manhã”, disse ao CM João Ribeiro, adjunto da direção responsável pela área disciplinar, sublinhando que “a Escola Segura estava na escola a fazer uma ação de formação programada sobre violência escolar e aproveitámos para os informar”. Fonte do comando da GNR de Setúbal tinha afirmado ao CM que a investigação foi iniciada após tomarem conhecimento do vídeo da agressão que circulava nas redes sociais, tendo apelado às escolas para informar sempre as autoridades de casos como estes. O CM tinha tentado contactar a direção na quarta-feira, quando noticiámos o caso, mas não houve disponibilidade para nos atender.
Segundo João Ribeiro, o aluno agressor “já estava referenciado e foi agora alvo de procedimento disciplinar e está suspenso preventivamente por um período que pode ir até 10 dias, mas pode ser encurtado conforme o desenrolar do processo”. “Já contactámos os encarregados de educação dos alunos”, afirmou o elemento da direção, admitindo que tem havido na escola “outras situações” problemáticas. “Não temos um funcionário para cada aluno, mas temos medidas preventivas. Somos uma escola TEIP (Território, Educativo de Intervenção Prioritária), situada numa área com fragilidades sociais e temos de ter um cuidado acrescido. Temos um Gabinete de Intervenção Social e Psicológica, com psicólogos, assistentes sociais e mediadores e há toda uma tramitação montada até no caso de um simples insulto”. A escola sede tem mais de 800 alunos e o agrupamento cerca de 1700. Estas agressões ocorrem dias depois de outras a um aluno autista na Escola Fragata do Tejo, na Moita.
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