André Ventura alvo de buscas

Jurista investigado por suspeitas de contratação de um assessor, proveniente do PSD de Lisboa, com um cargo fictício.

28 de junho de 2018 às 12:38
André Ventura Foto: Raquel Wise
André Ventura Foto: Raquel Wise
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A operação Tutti Frutti, da Polícia Judiciária, também passou pelo gabinete de André Ventura, vereador na câmara de Loures eleito pelo PSD. O jurista, cronista do CM e comentador da CMTV conhecido pela ligação ao Benfica, era o visado daquela busca, uma das 70 feitas pela PJ, quarta-feira, no processo em que se investigam suspeitas de crimes como tráfico de influências, corrupção, participação económica em negócio ou financiamento proibido dos partidos.

Em causa, sabe o CM, está a contratação de um assessor, proveniente do PSD de Lisboa, suspeito de ter um cargo fictício, simulando o desempenho de funções e auferindo mais de dois mil euros. De resto, esta é uma das suspeitas de PJ em relação à contratação de dezenas de assessores em juntas de freguesia e até na Câmara de Lisboa, conforme o CM avança na edição de hoje.

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No caso de André Ventura, limitou-se a dizer ao CM que "a PJ esteve nos gabinetes e foi dada toda a colaboração". Mas fonte próxima do vereador explica que o referido assessor trabalha com outra vereadora, nada tendo a ver com André Ventura. "Simplesmente foi o André, como cabeça a lista do PSD em Loures, a requisitar aquele assessor, mas não para trabalhar com ele". Foram pedidas as passwords de acesso aos computadores e os mesmos foram analisados. 

Recorde-se que, tal como o CM noticiou esta quarta-feira, Fernando Medina e o PSD trocaram falsos assessores. Medina logo depois de ter vencido as eleições na Câmara de Lisboa, no final do ano passado, é suspeito de ter negociado com Sérgio Azevedo, deputado da Assembleia da República que era vice-presidente da bancada do PSD, a distribuição de boys socialistas por juntas de freguesia laranjas, ao mesmo tempo que os boys sociais-democratas teriam emprego nas juntas ganhas pelo PS, sob o pretexto de cargos de assessores. E muitos destes cargos são fictícios.

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