APDL debaixo de fogo devido a lixo nas praias
Rui Moreira exige limpeza urgente dos areais na área que é da competência da entidade gestora do domínio hídrico.
Depois da polémica com a empreitada de prolongamento do quebra-mar do porto de Leixões em 300 metros e das obras no cais de Vila Nova de Gaia em plena época alta de turismo - que foram suspensas terça-feira, após duras críticas dos operadores turísticos -, agora, o município do Porto alerta a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) para a falta de limpeza nas praias da cidade.
"Rui Moreira recorda à APDL que a Câmara do Porto tem reivindicado competências nesta matéria e estará pronta para assumi-las no quadro do processo de descentralização em curso, mas lembra que ainda não as possui e, por isso, encontra-se inibida de intervir numa área da competência da APDL", indica a autarquia portuense.
Em comunicado, o município solicita à entidade gestora dos portos que, "urgentemente, diligencie a limpeza e consequente manutenção das praias do Porto, garantindo não apenas a boa fruição e imagem das mesmas, mas inclusivamente a sua segurança e salubridade, o que não pode ocorrer apenas na designada época balnear". Contactada ontem pelo CM, a APDL não prestou qualquer esclarecimento até ao fecho desta edição.
Já no início da semana, a APDL indicou que decidiu "recalendarizar a obra" no cais de Gaia e "diferi-la para um momento em que os impactos na operação sejam mais reduzidos", depois de Mário Ferreira, dono da Douro Azul, ter considerado que o início da empreitada sem prévio acordo com os operadores foi "um verdadeiro ato de guerra".
Também o projeto de prolongamento do quebra-mar de Leixões, Matosinhos, tem sido criticado, numa altura em que o estudo de impacte ambiental do projeto está em fase de consulta pública.
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