"Apertei-lhe o pescoço com as duas mãos", diz homem que matou companheira
Arguido afirma que não queria ter matado a vítima e julgava que esta estava a fingir um desmaio.
"Apertei-lhe o pescoço com as duas mãos. Quando ela começou a espumar, parei." Júlio Rodrigues confessou, esta quarta-feira, no Tribunal de S. João Novo, no Porto, que agrediu a companheira, mas garantiu que não tinha intenção de a matar.
Segundo o Ministério Público, tirou a vida a Margarida Castro, de 56 anos, espancando-a e estrangulando-a. Está a ser julgado por homicídio qualificado.
Perante o coletivo de juízes, o arguido, de 46 anos, explicou o que se passou na madrugada de 19 de junho de 2018.
O casal, que vivia em união de facto há 12 anos, terá tido três discussões, duas delas por causa da mulher fumar dentro do quarto, na rua Barão S. Cosme, Porto.
"Cerca das três da manhã, levantei-me, como fazia todas as noites, para ir passear o cão e furtar carros. Começámos a discutir e a agredir-nos. Quando ela se começou a espumar, pensei que estava a fingir um desmaio, como fazia muitas vezes", indicou.
Depois do crime, saiu com o cão. "Quando cheguei, ela estava no mesmo sítio. Fiquei em pânico e chamei o INEM", disse.
Confirmou ainda que lhe deu vários estalos, mas "sempre de mão aberta", contrariando a acusação, que fala em murros.
PORMENORES Vítima com saúde frágil
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