Arguidos da Máfia de Braga suspensos do partido
Marinho e Pinto, líder do PDR, diz que em política não existe presunção de inocência.
Os arguidos do processo Máfia de Braga que são militantes do Partido Democrático Republicano, PDR, liderado por Marinho e Pinto, foram suspensos do partido até que seja conhecida a sentença.
O ex-bastonário da Ordem dos Advogados revelou, ontem, no Tribunal S. João Novo, que a decisão surgiu depois desses terem sido acusados do rapto e morte do empresário de Braga João Paulo Fernandes. "Entendemos que em política não vigora a presunção de inocência. Suspendemos a sua inscrição até decisão do tribunal", disse.
Acusado de ser um dos mandantes do crime, em março do ano passado, Pedro Bourbon apresentou como álibi Marinho e Pinto, com quem se encontrava, semanalmente, à sexta-feira (dia da semana em que João Paulo foi raptado), para reuniões do PDR.
Ao tribunal, o ex-bastonário - que disse conhecer o arguido desde que ele nasceu - confirmou os encontros mesmo antes da criação do partido.
"Ele era membro da comissão política. Reuníamos normalmente à sexta-feira porque eu vinha à quinta de Bruxelas", explicou Marinho e Pinto. Sobre Pedro Bourbon, o líder do PDR disse que se tratava de alguém em quem confiava.
Ontem, foram também ouvidas as testemunhas do arguido Emanuel Paulino, que manifestaram gratidão para com o ‘bruxo da Areosa’.
Disseram que foram curadas de doenças para as quais "os médicos não encontravam solução", sem que fosse cobrado qualquer pagamento.
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