Defesa de um dos arguidos dos Hells Angels quer identificação de quem colaborou com a PJ no dia do ataque
Crime remonta a 2018. Em causa esteve um ajuste de contas com um grupo de extrema-direita.
As alegações finais do julgamento do grupo motard Hells Angels arrancam esta terça-feira. Há 89 arguidos, que são acusados de tentativa de homicídio, tráfico de droga e associação criminosa.
Recorde-se que em 2018 o grupo de motards agrediu várias pessoas dentro de um restaurante no Prior Velho, em Loures. Devido aos confrontos, seis pessoas ficaram feridas, três das quais em estado muito grave. Os agressores provocaram também avultados danos no estabelecimento.
Na origem do conflito terá estado um ajuste de contas. Os "Hells Angels" tinham como alvo um grupo de cerca de 20 pessoas ligadas a Mário Machado, antigo dirigente da Frente Nacional, um grupo de extrema-direita. Ao que o Correio da Manhã conseguiu apurar, Mário Machado tinha criado um novo grupo de motards, os Red & Gold. Um grupo "irmão do clube internacional Los Bandidos que, desde a sua fundação em 1966, são arqui-inimigos dos Hells Angels. Naquele dia, os elementos tinham ido almoçar ao Mesa do Prior, na churrasqueira Brasa do Prior. Foram surpreendidos por homens de cara tapada e de capuz, que os começaram a agredir violentamente. Sabe-se que os funcionários e outros clientes que estavam no estabelecimento acabaram também por ser agredidos. Em fevereiro de 2019, dois membros do Grupo "Hells Angels" foram detidos no Algarve. Foram indiciados por associação criminosa, homicídio qualificado tentado, roubo, ofensas à integridade física graves, ofensas à integridade física qualificadas e detenção de armas proibidas.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt