Associação condena ataque ao consulado venezuelano em Lisboa
Episódio aconteceu depois de o Presidente venezuelano ter tomado posse na sexta-feira para um terceiro mandato de seis anos.
A associação Venexos, que apoia os venezuelanos residentes em Portugal, condenou este domingo o ataque de sábado à noite ao Consulado Geral da Venezuela em Lisboa e disse confiar que os seus autores serão levados à Justiça.
"Confiamos que as autoridades competentes conduzirão as devidas investigações para que os responsáveis sejam identificados e levados à justiça", adiantou em comunicado a associação criada em 2014.
Esta posição da Venexos surge na sequência do ataque de sábado contra o Consulado Geral da Venezuela em Lisboa com um engenho explosivo, que não causou vítimas ou danos de maior, segundo disse à agência Lusa fonte da PSP.
Segundo as autoridades, pelas 22h00 uma pessoa atirou "uma espécie de cocktail molotov improvisado contra uma parede" da representação diplomática da Venezuela em Lisboa, que estava fechada àquela hora.
A associação salientou que condena de "forma veemente qualquer ato de vandalismo", como o ataque ocorrido contra o consulado, alegando que essas ações "representam uma grave afronta à ordem pública, à segurança e à convivência pacífica que caracteriza o povo português e a diáspora venezuelana em Portugal e no mundo".
"Reafirmamos o nosso compromisso com o respeito pelas instituições, pelo diálogo como meio de resolução de conflitos. Qualquer forma de violência ou perturbação da paz é inaceitável e não pode, de forma alguma, ser tolerada", defendeu ainda a Venexos.
Esta associação presta apoio em várias áreas aos venezuelanos residentes em Portugal, incluindo no seu processo de integração, e representa uma comunidade que estima ser de cerca 10.000 luso-venezuelanos.
O Governo português, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, também já condenou o ataque ao Consulado Geral da Venezuela, considerando tratar-se de um "ato intolerável" e tendo determinado um reforço imediato da segurança no local.
Este episódio aconteceu depois de o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ter tomado posse na sexta-feira para um terceiro mandato de seis anos, apesar de a oposição contestar os resultados das últimas eleições presidenciais.
Nos últimos dias, têm ocorrido manifestações nas ruas de várias capitais internacionais contra a tomada de posse de Maduro.
Em Portugal, realizaram-se na quinta-feira manifestações contra o Governo de Maduro, em simultâneo, nas cidades de Aveiro, Porto, Faro, Beja, Lisboa e Funchal.
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