Associação de chefes da guarda prisional diz que "nada foi feito" pelo Governo

Sindicato mantém marcada para 31 de janeiro uma greve nacional de 24 horas.

26 de janeiro de 2024 às 12:48
Guarda prisional xxx
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A Associação Sindical das Chefias do Corpo da Guarda Prisional (ASCCGP) manifestou esta sexta-feira desapontamento pela reunião de quinta-feira no Ministério da Justiça, considerando que, "de tangível" para a classe, "nada foi feito" pelo Governo.

Em comunicado a propósito reunião mantida com o secretário de Estado da Justiça, a ASCCGP refere que apesar de lhes ter sido transmitida "a vontade e a intenção de dignificar e valorizar a profissão de guarda prisional", nada foi feito, pelo que é um "autêntico 'dejá-vu'".

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No documento, a ASCCGP critica a forma como a guarda prisional tem sido tratada em termos de carreira e suplementos, considerando que "a criação (pelo Governo) do suplemento (de missão) exclusivamente para a Polícia Judiciária é uma falta de respeito e de sentido de equidade nunca vista, e de um grau de provocação institucional nunca sentido".

"Um suplemento que se consubstancia para os trabalhadores de investigação criminal em 1.026 euros, e, para os trabalhadores de polícia científica e de inspeção em 890 euros. Deixamos nota que um guarda prisional em início de carreira aufere 961,40 euros", critica a ASCCGP.

Sobre estas e outras reivindicações, a ASCCGP diz que da tutela direta apenas tem recebido "indiferença, autismo e perversidade humilhante", pelo que continuará a lutar com o apoio dos seus associados.

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Também o Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) esteve reunido na quinta-feira com a tutela, tendo recebido a promessa da aprovação até março do sistema de avaliação e desempenho, "mas nem uma palavra sobre o subsídio de missão".

Frederico Morais, dirigente do sindicato, que na quinta-feira promoveu uma vigília junto à cadeia do Monsanto, em Lisboa, adiantou à agência Lusa que "não houve nada de novo" saído da reunião com o secretário de Estado Adjunto da Justiça.

O dirigente sindical referiu que houve uma promessa de "tentar aprovar" o sistema de avaliação e desempenho, mas que relativamente ao subsídio de missão equivalente ao aprovado para a Polícia Judiciária a resposta foi de que o Governo não poderia fazer nada na atual situação de gestão, deixando o dossiê para o Governo que resultar das legislativas de 10 de março.

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O sindicato mantém marcada para 31 de janeiro uma greve nacional de 24 horas, cumprindo no mesmo dia, a partir das 14h00, uma vigília junto à prisão de Custoias, no Porto.

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