Autismo leva tribunal a condenar jovem a 10 anos de prisão pelo homicídio da irmã de 17

Alexandre Gonçalves, de 23 anos, culpado de homicídio simples, não esboçou reação ao ouvir acórdão no tribunal de Almada.

12 de junho de 2025 às 01:30
Lara tinha 17 anos Foto: Direitos Reservados
Alexandre Gonçalves foi condenado, nesta quarta-feira, no tribunal de Almada Foto: CMTV

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Alexandre Gonçalves, o jovem de 23 anos acusado pelo Ministério Público (MP) do homicídio da própria irmã, Lara, ocorrido em outubro de 2023, na Moita, foi na quarta-feira condenado a 10 anos de prisão. O coletivo de juízes do tribunal de Almada que o julgou, justificou a pena com o facto de o arguido ser autista, considerando, no entanto, que o “homicídio foi cometido em plena consciência”.

O jovem acaba, assim, por ser condenado no limite mínimo da moldura penal em que incorria (podia levar até 16 anos de cadeia). A pena, no entanto, terá de ser cumprida num estabelecimento prisional normal, não obstante a doença mental do arguido. Os magistrados valorizaram ainda o facto de Alexandre Gonçalves estar inserido socialmente, na altura em que matou a irmã. Por provar ficou o motivo: as crenças religiosas do arguido. Para o Ministério Público (MP), o acusado nunca aceitou que a irmã fosse consumidora de drogas leves, dizendo mesmo que a familiar se prostituía para arranjar dinheiro para comprar droga.

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Alexandre Gonçalves ouviu o acórdão, sem esboçar qualquer reação, nem mesmo ao ver os pais a chorarem. Segundo o MP, o arguido asfixiou a irmã de 17 anos, na casa de ambos e onde residia também o pai, na Quinta Fonte da Prata. Saiu depois deixando o corpo, que foi encontrado pela avó.

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