Barreira acústica ‘salva’ Mosteiro da Batalha da poluição

Uma barreira acústica constituída por painéis gigantes e mais de dez mil árvores, arbustos e plantas, está a ser construída na zona frontal do Mosteiro da Batalha, para preservar o monumento do barulho, das vibrações e do dióxido de carbono libertado pelos 14 mil automóveis que, em média, circulam todos os dias no IC2.

As obras têm a duração de três meses e custam 485 mil euros, sendo suportadas pela câmara municipal e pelo programa europeu 2020, que assegura um financiamento de 85 por cento do custo total.

A obra, designada por ‘operação urbanística de salvaguarda aos impactos de ruído e poluição sobre o Mosteiro de Santa Maria da Vitória’, resulta de uma "parceria técnica" da Câmara Municipal da Batalha com a Direção-Geral do Património Cultural e a empresa Infraestruturas de Portugal.

É de "máxima importância", defende Paulo Batista Santos, presidente da Câmara Municipal da Batalha, que considera a obra uma "prioridade nacional". "Representa um objetivo estratégico na ótica da proteção da memória e do património edificado de excelência".

As obras decorrem numa faixa de 120 metros ao longo da fachada principal do monumento, junto ao IC2, onde irão ser colocados os painéis acústicos gigantes. A maior parte dos painéis ficarão envolvidos por vegetação, já que está prevista a plantação de 50 árvores, 673 arbustos e 9390 plantas, parte das quais a colocar em muros verticais.

O Mosteiro de Santa Maria da Vitória foi mandado edificar pelo rei D. João I, em agradecimento pela vitória em Aljubarrota em 14 de agosto de 1385.

As obras demoraram mais de 150 anos e o mosteiro engloba estilos góticos, manuelinos e renascentistas. É património da UNESCO desde 1983.