Bastonário dos enfermeiros diz que nunca esperou "outro desfecho" de julgamento que não a absolvição

Luís Filipe Barreira agradeceu "a todos os que, mesmo nos momentos mais difíceis", mantiveram a confiança em si.

24 de novembro de 2025 às 16:35
Luís Barreira, Bastonário da Ordem dos Enfermeiros Foto: Direitos Reservados
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O bastonário da Ordem dos Enfermeiros (OE), esta segunda-feira, absolvido dos crimes de peculato e falsificação de documento, sublinhou que nunca esperou "outro desfecho" que não fosse o reconhecimento pela justiça de que não cometeu qualquer ilícito.

"Recebo esta decisão com serenidade e com o sentimento natural de quem sempre acreditou que a verdade prevaleceria. Nunca esperei outro desfecho. Ao longo de todo este processo mantive a convicção de que a justiça iria reconhecer aquilo que sempre afirmei: não cometi qualquer comportamento ilícito", reagiu, numa declaração por escrito à Lusa, Luís Filipe Barreira.

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Agradecendo "a todos os que, mesmo nos momentos mais difíceis", mantiveram a confiança em si, o bastonário acrescentou que hoje [segunda-feira] se abre outro capítulo, "com redobrada determinação".

"O meu compromisso mantém-se inalterado: trabalhar todos os dias para valorizar os enfermeiros, reforçar o papel da enfermagem no país e contribuir para um sistema de saúde mais humano, mais robusto e mais preparado para o futuro", salientou.

O Tribunal Central Criminal de Lisboa absolveu, esta segunda-feira, Luís Filipe Barreira, de 51 anos, a sua antecessora, Ana Rita Cavaco, de 49, e outros 11 arguidos ligados ao primeiro de dois mandatos desta última (2016-2023) do alegado desvio, em 2016, de 63 mil euros da associação profissional.

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Em causa estava, segundo a acusação do Ministério Público, o recebimento de ajudas de custos por viagens presumivelmente fictícias.

Luís Filipe Barreira, bastonário desde dezembro de 2023, era à data vice-presidente do Conselho Diretivo da OE.

Na leitura do acórdão, a presidente do coletivo de juízes, Armandina Silva Lopes, justificou a absolvição com o facto de se ter instalado uma "dúvida séria e razoável" de que os arguidos tenham praticado os crimes.

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A acusação foi deduzida em janeiro de 2023 e o julgamento começou em janeiro de 2025.

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