Burla das arábias dá queixa na Justiça
Rodrigo Ryder é suspeito de ter desviado cerca de 70 mil euros.
O presidente da Câmara de Comércio Luso-Saudita (CCLS), Rodrigo Ryder, é acusado pela vice-presidente de um desfalque de cerca de 70 mil euros das contas bancárias do organismo a que preside. Além de uma queixa-crime, foi também apresentada uma providência cautelar para que Rodrigo Ryder seja suspenso de funções.
A CCLS foi fundada em novembro de 2014. Conta com 22 associados que, para aderirem àquele organismo, têm de pagar quotas anuais que variam entre os 1650 e os 40 mil euros. A câmara terá angariado um total de 125 mil euros e, em troca, fornece serviços facilitadores de negócios para empresas nacionais e sauditas. As verbas, que revertem para as contas bancárias da CCLS, são movimentadas pelo presidente e por dois vice-presidentes com cartões de débito.
As irregularidades agora imputadas a Rodrigo Ryder foram notadas nos extratos bancários. Além do uso do cartão bancário para pagamento de despesas pessoais, o presidente da CCLS é suspeito de ter ainda feito levantamentos em numerário. No total, a burla cifrar-se-á em 70 mil euros.
A vice-presidente da CCLS, Ana Ribeiro, decidiu avançar por isso com uma queixa-crime apresentada no DIAP de Lisboa.
A denunciante quer também, através de uma providência cautelar, que o presidente da câmara seja destituído, impedido de usar os cartões bancários, e proibido de frequentar a sede.
Contactado pelo CM, Rodrigo Ryder desmente as acusações, fazendo denúncias semelhantes contra Ana Ribeiro. "Vou organizar uma assembleia geral para a demitir. Tenho sócios comigo", disse o presidente da CCLS.
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