Burlão do Facebook apanha pena efetiva
Arguido sentenciado a quatro anos e seis meses de prisão por falsas vendas na internet.
Enganou meia centena de pessoas com falsas vendas na rede social Facebook e lucrou quase 18 mil euros entre 2015 e 2017.
As vítimas, de Norte a Sul e também das ilhas, mostravam interesse em todo o géneros de artigos - roupa, sapatos, fatos de treino do Sporting, eletrodomésticos e até animais -, mas o arguido, depois de receber o comprovativo do pagamento dos produtos, bloqueava os clientes.
Esta quinta-feira, o Tribunal de S. João Novo, no Porto, condenou-o a quatro anos e meio de prisão efetiva.
O arguido, Pedro Silva, de 23 anos, que está em prisão preventiva, foi sentenciado por burla qualificada e falsificação de documentos.
"A pena não podia ser suspensa porque são inúmeros os ofendidos e a comunidade não iria entender uma pena que não fosse privativa da liberdade. A sua resolução criminosa foi enganar pessoas durante dois anos. Isto não pode acontecer", disse a juíza Isabel Teixeira, na leitura do acórdão.
Em audiência, o arguido admitiu os factos e justificou que estava desempregado na altura e que as burlas foram a única solução que encontrou para sustentar a filha de dois anos.
Porém, o Ministério Público garante que o arguido utilizou o dinheiro do qual se apropriou para levar vida desafogada. Pedro Silva tem ainda de pagar 5200 euros de indemnização a 11 dos lesados.
Na página do burlão, tudo era falso. O arguido nem sequer tinha os produtos e criou vários perfis falsos para se fazer passar por clientes satisfeitos com o negócio.
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