Cada autocarro gera luvas de 10 mil euros
Vítor Sousa, Cândida Serapicos e Luís Vale receberam dinheiro.
Cada um dos 23 autocarros comprados pela TUB/EM à MAN Portugal, de 2000 a 2009, custou em média mais 10 mil euros do que o preço de mercado. O dinheiro era pago pela autarquia à empresa para ser depois dividido por Vítor Sousa, Cândida Serapicos e Luís Vale. O antigo vice-presidente da câmara de Mesquita Machado, e candidato do PS à Câmara de Braga em 2013, era quem ficava com a maior fatia deste dinheiro. Vítor Sousa recebia 8 mil euros por cada autocarro, enquanto os outros dois responsáveis ficavam com mil euros cada.
O antigo braço-direito de Mesquita Machado é suspeito de ter lucrado mais de 226 mil € – em dinheiro, carros e outras prendas – pela compra dos autocarros. O Ministério Público acredita que os concursos públicos, definidos pelo antigo vice-presidente, eram "feitos à medida" para beneficiar a MAN, em detrimento de concorrentes. A investigação estima que o negócio terá lesado a empresa municipal, detida a cem por cento pela autarquia, em quase 270 mil euros – as luvas eram ainda acrescidas de outras prendas. O esquema de Vítor Sousa era combinado com os cúmplices à mesa de um restaurante em Braga.
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