Cadastrado faz burla milionária
Burlão está em prisão preventiva por ter assassinado taxista.
Um dos suspeitos de ter assassinado um taxista em Torres Novas, no início de maio, foi agora condenado a seis anos de prisão, num outro processo de burla qualificada, julgado no Tribunal de Santarém. O alegado homicida, Américo Lopes, de 56 anos, subtraiu 242 mil euros a um homem de 82 anos, que estava emocionalmente debilitado por ter acabado de ficar viúvo.
Este processo de burla começou a ser julgado a 6 de abril, com o arguido ainda recluso nas Caldas da Rainha. Entretanto, foi colocado em liberdade condicional a 18 de abril, sendo suspeito de ter morto o taxista António Pedro, de 69 anos, no dia 2 de maio. Recorde-se que Américo Lopes e um cúmplice, capturados numa pensão em Torres Novas, já andavam na mira das autoridades pelos sequestros de três mulheres.
Este processo de burla remonta a 2009, quando o idoso arrendou o rés do chão da sua casa, em Torres Novas, a Américo Lopes, sem saber que estava a acolher um vigarista cadastrado. Depois de saber que a vítima era proprietária de duas lojas no Entroncamento, o burlão fez-se passar por um agente imobiliário e inventou um esquema em que dois investidores espanhóis pretendiam comprar o prédio todo, por 600 mil euros. Ao longo de 10 meses, conseguiu apoderar-se de 242 mil euros, fugindo após ter sido descoberto.
O arguido, que está em prisão preventiva, tem um longo cadastro criminal por burlas, furtos, roubos, sequestro, detenção de armas proibidas e falsificação de documentos.
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