Câmara de Castelo Branco exige que Governo decida o que fazer do território

Leopoldo Rodrigues disse que a situação do fogo que lavra em Castelo Branco "está complicada".

20 de agosto de 2025 às 18:30
Incêndio Castelo Branco Foto: Ricardo Almeida/CM
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O presidente da Câmara de Castelo Branco disse esta quarta-feira que o primeiro-ministro e a ministra da Administração Interna têm de decidir o que querem fazer deste território e se têm ou não disponibilidade para arranjar meios para colocar no terreno.

Em declarações à agência Lusa, pelas 17h55, Leopoldo Rodrigues disse que a situação do fogo que lavra em Castelo Branco "está complicada".

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"Andamos aqui a gerir seis carros dos bombeiros de Castelo Branco. Os aviões andaram de manhã e depois desapareceram. Temos falta de meios. O primeiro-ministro e a ministra da Administração Interna têm de saber o que é que querem para este território. Têm de decidir o que querem fazer e se têm ou não disponibilidade para arranjar meios e colocá-los no terreno", afirmou.

O autarca sublinhou que só se combate o incêndio com meios "ou então não se resolve isto". 

"Queremos arranjar meios e não os temos e as pessoas andam aqui ansiosas e receosas", disse. 

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Leopoldo Rodrigues explicou ainda que as zonas mais complicadas no fogo que lavra em Castelo Branco estão localizadas na zona de Louriçal do Campo/Torre e na zona de ribeira de Eiras. 

O presidente da Câmara de Castelo branco deixou ainda uma palavra de reconhecimento ao esforço dos bombeiros de Castelo Branco e ao seu comandante, bem como ao comandante do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil da Beira Baixa. 

Este incêndio entrou em Castelo Branco a partir do concelho do Fundão, tendo origem em Arganil, no distrito de Coimbra, onde deflagrou na quarta-feira, pelas 05:00. 

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Este incêndio já se estendeu também aos concelhos de Pampilhosa da Serra e Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra), Seia (Guarda) e Covilhã (Castelo Branco). 

A Câmara de Castelo Branco ativou o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil ao final da noite de domingo. 

Portugal continental tem sido afetado por múltiplos incêndios rurais de grande dimensão desde julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro. 

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Os fogos provocaram três mortos, incluindo um bombeiro, e vários feridos, alguns com gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal. 

Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, ao abrigo do qual chegaram dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos fogos. 

Segundo dados oficiais provisórios, até 20 de agosto arderam mais de 222 mil hectares no país, ultrapassando a área ardida em todo o ano de 2024. 

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