Casal gay celebra casamento simbólico
O casal franco-português cujo casamento foi adiado pelo Consulado Geral de Portugal em Marselha vai celebrar no sábado "um casamento que não é um casamento", afirmou hoje um dos noivos
"É um casamento que não é um casamento porque é um casamento puramente simbólico, militante", declarou Tito Lívio Mota, cidadão português e director da Casa Amadis, associação lusófona de Montpellier.
O casamento de Tito Lívio Mota com Florent Robin, cidadão francês e director da rádio Divergences FM na mesma cidade, foi adiado "sine die" pelo Consulado Geral de Portugal em Marselha, depois de estar marcado para o final de Janeiro.
O casamento "simbólico" será celebrado pela presidente da câmara de Montpellier, HélŠne Mandroux, o que, para Tito Lívio Mota, "confirma a vontade e coragem da autarca francesa na defesa da igualdade de direitos para homossexuais e heterossexuais".
Segundo Tito Lívio Mota, a autarca decidiu celebrar o casamento "chocada com a atitude das autoridades diplomáticas portuguesas" que não permitiram a realização de um ato permitido pela lei portuguesa.
A cerimónia está marcada para os Paços do Concelho de Montpellier, o que reforça a simbologia da celebração, adiantou Tito Lívio Mota, "com o duplo intuito de apoiar os direitos legais (dos portugueses) e de fazer avançar o seu próprio combate pela legalização dos casamentos de pessoas do mesmo sexo em França".
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt