Casal gay celebra casamento simbólico

O casal franco-português cujo casamento foi adiado pelo Consulado Geral de Portugal em Marselha vai celebrar no sábado "um casamento que não é um casamento", afirmou hoje um dos noivos

03 de fevereiro de 2011 às 12:26
Gay, casamento homossexual, Marselha Foto: CM
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"É um casamento que não é um casamento porque é um casamento puramente simbólico, militante", declarou Tito Lívio Mota, cidadão português e director  da Casa Amadis, associação lusófona de Montpellier.

O casamento de Tito Lívio Mota com Florent Robin, cidadão francês e  director da rádio Divergences FM na mesma cidade, foi adiado "sine die" pelo  Consulado Geral de Portugal em Marselha, depois de estar marcado para o  final de Janeiro.

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O casamento "simbólico" será celebrado pela presidente da câmara de  Montpellier, HélŠne Mandroux, o que, para Tito Lívio Mota, "confirma a vontade  e coragem da autarca francesa na defesa da igualdade de direitos para homossexuais  e heterossexuais".

Segundo Tito Lívio Mota, a autarca decidiu celebrar o casamento "chocada  com a atitude das autoridades diplomáticas portuguesas" que não permitiram  a realização de um ato permitido pela lei portuguesa.

A cerimónia está marcada para os Paços do Concelho de Montpellier, o  que reforça a simbologia da celebração, adiantou Tito Lívio Mota, "com o  duplo intuito de apoiar os direitos legais (dos portugueses) e de fazer avançar o seu próprio combate pela legalização dos casamentos de pessoas  do mesmo sexo em França".  

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